quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Entrevistas: Carlos Rocha



Eu decidi começar a fazer pequenos artigos sobre amigos meus (os meus são muito especiais ). O primeiro é o Carlos Rocha.
O Carlos, para quem não sabe, é um grande desenhador, e com ele, quando é para fazer é para fazer. Também é muito boa pessoa, é simpático, engraçado e gosto da maneira dele de ver as coisas. Foi ele que desenhou a minha foto de perfil e a minha capa (no facebook) . E também é o criador da imagem do meu alter-ego "Diabbita".

Já publicou dois livros (juntamente com a Aida Teixeira) o "Vamos Aprender- A moral da história" (até, mais ou menos, 6-7 anos) e "O Espirro do Dragão" (mais ou menos dos 8 para cima), ambos com desenhos fantásticos!
Conforme tinha sido prometido na minha página do Facebook, apresento a entrevista com este autor/desenhador.
A editora de ambos os livros é a Kingpin Books.



Entrevista Carlos Rocha
(Setembro 2015)

-Qual é a tua idade mental?
Olá. Bem, devo confessar que quase nunca a minha idade mental andou a par com a que revela o meu CC (Cartão de Cidadão). Mas desconfio que devo ter parado de crescer entre os 18 e os 25(risos). Se nos levarmos muito a sério a vida torna-se imensamente chata, não é verdade?

-Andaste em alguma escola de desenho? Se sim, qual/quais? Se não, porquê?
Os meus últimos anos como estudante foram passados na Escola Secundária de Tomás Cabreira, em Faro, onde estudei Arte & Design (estudos inconclusivos).

-Eu sei que não andaste na faculdade. Arrependes-te de não teres terminado os estudos na tua área?
O Serviço Militar Obrigatório de então foi o responsável pela interrupção dos meus estudos. Mas apenas pela interrupção, pois a definitiva paragem foi minha assumida decisão, ao me ter iniciado no mercado de trabalho e não mais tornar a estudar. Não falaria em "arrependimento", apenas aceito que as coisas assim se tenham passado.

-Qual é aquele sonho de menino que continuas a perseguir?
Os meus sonhos (prefiro referí-los como "metas") no que à banda desenhada diz respeito, começaram a desabrochar apenas na juventude, a partir daquele momento especial em que eu decidi que o que desejava ser na vida era banda desenhista.

-Uma vez disseste que querias ser o “melhor desenhador de portugal”. Já és?
Em rigor em rigor, o que eu realmente disse foi que haveria de ser "o maior nome da banda desenhada portuguesa contemporânea". Não sou, e muito longe ainda disso estou.

-Não queres ser conhecido fora de Portugal? Se sim, o que estás a fazer para isso acontecer? Se não, porquê?
Quero ser conhecido fora de Portugal, evidentemente, mas antes gostaria muito de ser conhecido dentro deste nosso "jardim à beira mar plantado". Para ambos os casos há que produzir, sempre e bem. A minha ambição passará sempre por primeiramente conquistar a minha aldeia. O resto virá depois, acredito.

-Já pensaste em ilustrar outros livros, expandir os teus limites?
Conforme o género de projeto, de proposta, assim será o meu interesse. Não é nada a que eu não esteja aberto.

-Sem ser o Guga, qual o personagem que te deu mais prazer criar, e porquê?
O Guga, para quem desconhece, é o principal personagem de um universo de bd infantil. O curioso é que tal estatuto (ser o principal) não é garantia de que foi/é/será aquele que mais gozo nos dá desenhar (neste caso até é). Outras há que, embora sejam personagens segundárias, terciárias e por aí, podem ser imensamente mais divertidas e dar mais prazer de desenhá-las ao seu criador. Não consigo precisar nenhuma (teria que ir ao baú), mas tenho algumas.

-Se te saísse o totoloto, qual seria a primeira coisa que farias?
Hmm... a primeira não sei, mas entre outras coisas de certeza que compraria muita muita muita banda desenhada. :D

-Ganha-se muito dinheiro na tua profissão? Se não, o que fazes além de desenhar?
Pode-se, sim, ganhar muito dinheiro na minha profissão (sob certas e determinadas condições). O que não é o meu caso particular, infelizmente. Até lá cumpro uma ou outra encomenda conforme se me aparece, enquanto continuo a tentar alcançar as metas a que me propus. Estou proibido de desistir.

-Qual foi a pergunta que gostavas que eu te tivesse feito ( e não fiz ) ?
"Gostaste desta entrevista?" Adorei. E fico muito feliz em fazer parte deste teu bonito e estimável projeto. Desejo-te as maiores das felicidades.


11 comentários:

  1. Muito bom. Espero ver mais entrevistas destas aqui no blog pois são bastante interessantes :)

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    1. Obrigado e sim vais ver, já estou a trabalhar numa nova ;)

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  2. Toda eu sou orgulho.
    Tenho a filha mais inteligente do Universo (e arredores), e que tem os melhores amigos do mundo (e arredores)
    Excelente entrevista.
    Excelente começo.
    Venham mais

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  3. Acompanharei este blog com muita atenção. Auspicio um futuro para esta menina não menos que interessante. ;) Força, Sofia!!

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